terça-feira, 25 de agosto de 2009

Resenha Filme "Os Gritos do Silêncio"

Com o título original The Killing Fields e lançado no ano de 1984, sob a direção de Rolland Joffé, Os Gritos do Silêncio apresenta-se na categoria de gênero Drama baseado em fatos reais. É vencedor de 3 Oscars nas seguintes categorias: Melhor Ator Coadjuvante (Haing S. Ngor), Melhor Fotografia e Melhor Edição. Foi ainda indicado em outras 4 categorias: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator (Sam Waterston) e Melhor Roteiro Adaptado.
Como foco central o filme retrata a Guerra Civil de Camboja nos anos de 1970, quando assume o domínio do país, a facção de esquerda Khmer Vermelho, sob a liderança de Pol Pot (Saloth Sar). Interpretado pelo ator Sam Waterston, Sydney Schanberg, seu personagem, é um jornalista do New York Times que é enviado ao território em conflito para a cobertura jornalística. Para lhe auxiliar, como guia e tradutor, o então repórter Dith Pran, interpretado pelo ator Haing S. Ngor o acompanha nesta jornada e muito contribui para o trabalho, consequentemente criando um forte laço de amizade com Syd.
Sydney, Pran e outros jornalistas vagavam pelo território de Camboja registrando todos os acontecimentos que lhes eram possíveis. Porém, a situação ficou pouco mais delicada e eles corriam sérios riscos. Tudo porque a facção Khmer Vermelho apresentava-se bastante violenta e, em suma, exercia o poder de vida e morte sobre toda a população, sem a menor contestação. Por este motivo, todos os estrangeiros foram obrigados a deixar o país e quem ficasse, mesmo sendo cambojano, corriam riscos também. A ditadura Khmer estava instaurada.
O prazer pela cobertura jornalística da guerra falava mais alto. Sydney conseguiu retirar a família de Pran, todos cambojanos, para os Estados Unidos. Pran optou por ficar ao lado de Sydney, e estes tentaram ficar no território até quando puderam.
Sydney é deportado para os Estados Unidos e Pran é pego pela facção Khemer que o tortura muito. A ditadura é comunista e por isso muitas pessoas eram obrigadas a fazer todos os trabalhos juntos sob as ordens agressivas dos soldados cambojanos que matavam sem piedade. Porém Pran fora bastante forte e relutante.
Nos Estados Unidos, Sydney recebeu o prêmio de Jornalista do Ano. Ele também tentou de todas as formas reencontrar o amigo repórter fazendo todos os contatos possíveis. Mas, em meio ao conflito, é bastante complicado à busca. Felizmente, Pran consegue, depois de algumas tentativas, fugir. Eles se reencontram e um desfecho de feliz.
Agora, analisando criticamente, desprende-se do filme que Sydney é um jornalista norte-americano e Pran, jornalista e cambojano. A questão da guerra é vista por Sydney de maneira tão somente profissional, ou seja, por mais que ele se sensibilize, o acontecimento não é parte da vida dele, não há uma identificação, ao passo que para Pran, é mais que a cobertura jornalística de uma guerra, é a história do povo dele, sua terra. Pran vê a guerra com outros olhos.
Em síntese o filme traz uma verdade, a questão do fanatismo político, nos mostrando as conseqüências de tal, como a crueldade e pesada violência física e verbal. Conseqüências também que custaram um grande número de mortos, e até hoje é impreciso estes números, mas estimativas indicam que são no mínimo cerca de 10.000 mil vidas, de acordo com a Anistia Internacional.
No ano 2000 a ONU assinou com o governo de Camboja um acordo determinando a criação de um tribunal para julgar os líderes do Khmer Vermelho por crimes contra a humanidade. Isso nos lembra que, "A justiça falha, mas não tarda". Não é mesmo?.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Sorry...




REDAÇÃO DE ESTUDANTE CARIOCA VENCE CONCURSO DA UNESCO COM 50.000 PARTICIPANTES

Tema: "Como vencer a pobreza e a desigualdade"



'PÁTRIA MADRASTA VIL'
Onde já se viu tanto excesso de falta? Abundância de inexistência… Exagero de escassez… Contraditórios?? Então aí está! O novo nome do nosso país! Não pode haver sinônimo melhor para BRASIL.
Porque o Brasil nada mais é do que o excesso de falta de caráter, a abundância de inexistência de solidariedade, o exagero de escassez de responsabilidade.
O Brasil nada mais é do que uma combinação mal engendrada - e friamente sistematizada - de contradições.
Há quem diga que ‘dos filhos deste solo és mãe gentil.’, mas eu digo que não é gentil e, muito menos, mãe. Pela definição que eu conheço de MÃE, o Brasil está mais para madrasta vil.
A minha mãe não ‘tapa o sol com a peneira’. Não me daria, por exemplo, um lugar na universidade sem ter-me dado uma bela formação básica.
E mesmo há 200 anos atrás não me aboliria da escravidão se soubesse que me restaria a liberdade apenas para morrer de fome. Porque a minha mãe não iria querer me enganar, iludir. Ela me daria um verdadeiro PACote que fosse efetivo na resolução do problema, e que contivesse educação + liberdade + igualdade. Ela sabe que de nada me adianta ter educação pela metade, ou tê-la aprisionada pela falta de oportunidade, pela falta de escolha, acorrentada pela minha voz-nada-ativa. A minha mãe sabe que eu só vou crescer se a minha educação gerar liberdade e esta, por fim, igualdade. Uma segue a outra… Sem nenhuma contradição!
É disso que o Brasil precisa: mudanças estruturais, revolucionárias, que quebrem esse sistema-esquema social montado; mudanças que não sejam hipócritas, mudanças que transformem! A mudança que nada muda é só mais uma contradição. Os governantes (às vezes) dão uns peixinhos, mas não ensinam a pescar. E a educação libertadora entra aí. O povo está tão paralisado pela ignorância que não sabe a que tem direito. Não aprendeu o que é ser cidadão.
Porém, ainda nos falta um fator fundamental para o alcance da igualdade: nossa participação efetiva; as mudanças dentro do corpo burocrático do Estado não modificam a estrutura. As classes média e alta - tão confortavelmente situadas na pirâmide social - terão que fazer mais do que reclamar (o que só serve mesmo para aliviar nossa culpa)… Mas estão elas preparadas para isso?
Eu acredito profundamente que só uma revolução estrutural, feita de dentro pra fora e que não exclua nada nem ninguém de seus efeitos, possa acabar com a pobreza e desigualdade no Brasil.
Afinal, de que serve um governo que não administra? De que serve uma mãe que não afaga? E, finalmente, de que serve um Homem que não se posiciona?
Talvez o sentido de nossa própria existência esteja ligado, justamente, a um posicionamento perante o mundo como um todo. Sem egoísmo. Cada um por todos…
Algumas perguntas, quando auto-indagadas, se tornam elucidativas. Pergunte-se: quero ser pobre no Brasil? Filho de uma mãe gentil ou de uma madrasta vil? Ser tratado como cidadão ou excluído? Como gente… Ou como bicho?

Premiada pela UNESCO, Clarice Zeitel, de 26 anos, estudante que termina faculdade de direito da UFRJ em julho, concorreu com outros 50 mil estudantes universitários. Ela acaba de voltar de Paris, onde recebeu um prêmio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) por uma redação sobre 'Como vencer a pobreza e a desigualdade' .
A redação de Clarice intitulada `Pátria Madrasta Vil´ foi incluída em um livro, com outros cem textos selecionados no concurso.
A publicação está disponível no site da Biblioteca Virtual da Unesco.
http://lindosorriso
.blogspot. com/2008/ 06/redaes- premiadas. htmlhttp://lindosorriso.blogspot.com/2008/06/redaes-premiadas.html
FONTE:http://joserosafilho.wordpress.com/

domingo, 16 de agosto de 2009

ASPIVALE DISCUTE DIPLOMA DE JORNALISTA EM BARRA DO GARÇAS

Associação dos Profissionais de Imprensa do Vale do Araguaia - Aspivale promove palestra com Jornalista Onofre Ribeiro, Secretário de Estado de Comunicação de Mato Grosso, sobre "A questão do diploma do jornalista, diante da nova realidade e das transformações brasileiras da atualidade". Evento acontecerá na Câmara Municipal de Barra do Garças, na quarta (19). às 16h. Inscrições gratuitas: aspivale@hotmail.com.

FONTE: COMUNICAIA.BLOGSPOT.COM


"E A TURMA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL-JORNALISMO, UFMT DO VALE DO ARAGUAIA TAMBÉM..."

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Resenha do filme: Marley e Eu



Aparentemente pacato e “normal”, Marley e Eu é um filme surpreendente. Filme este que proporciona uma reflexão sobre a família, a constituição desta, a rotina, os aspectos positivos e negativos, e também, é claro, uma análise sobre a importância dos animais de estimação que, de certa maneira, acabam fazendo parte da vida de seus donos, ou melhor, pais?.
O filme tem como atores principais Jennifer Aniston e Owen Wilson, respectivamente, Jenny e John Grogan. Jornalistas e recém casados, estes se mudam para o sul da Flórida a fim de estabelecer a vida a dois. O casal de jornalistas é bastante centrado em seus afazeres diários e aparentemente mantém uma vida saudável, com um relacionamento estável e um entrosamento interessante, mantido do início ao fim do filme.
Porém, John Grogan, sentindo sufocado pelos mimos de Jenny e em dúvida sobre a sua capacidade de ser pai, resolve, com ajuda do amigo e colega de trabalho Sebastian Tunney, comprar um cachorro para preencher o “vazio” que até então existia. Eis que aparece Marley, o cãozinho da liquidação, comprado por U$ 200 dólares como um presente para Jenny, na verdade Marley seria uma ferramenta de treino para o cargo “pais”. E o bacana é que Marley, da raça Labrador, é bastante esperto, dinâmico e carinhoso o que de cara conquista o casal. Porém, a rotina deles estava comprometida, muito comprometida.
A partir de então, momentos bons, ruins e muitas vezes péssimos, do ponto de vista do casal, eram constantes. Aceito como o primeiro filho do casal, Marley pinta o sete, comendo e quebrando tudo o que vê pela frente. O casal até que tenta “discipliná-lo”, porém sem sucesso, nem mesmo a escola de boas maneiras para cães conseguiu esta proeza. Por estas e outras ele recebe o título de “o pior cão do mundo”, e coloca a vida do casal em prova de fogo.
O filme não traz uma ênfase na temporalidade, e as coisas vão acontecendo de forma bastante ligadas e sem a expressão significativa ao tempo, em outras palavras, nada é muito esquemático.
O casal, após Marley já estar grande, no auge de seus 45 kg, tenta ter um filho, e a primeira tentativa é sem resultado, mas passando um tempo Jenny consegue engravidar, e o primeiro filho é um menino loirinho, chamado Patrick. Até então tudo corria muito bem, mas gradualmente as coisas começam a mudar e o casal já sentia as novas responsabilidades.
Por descuidos, vem o segundo filho, um mocinho de cabelos castanhos, seu nome, Connor. Devido a tal fato, o casal começa a organizar-se financeiramente, até mudam-se para uma casa mais espaçosa em um bairro mais seguro. John Grogan consegue boas promoções no serviço, graças ao seu bom rendimento como colunista em grande jornal. Comprometido com as artérias de Marley, John, aparentemente sem “inspiração” para escrever sobre o que lhe era indicado no Jornal, começa a escrever sobre coisas que lhe acontecia cotidianamente, e também sobre Marley, e o público leitor gosta muito em especial seu chefe.
A esta altura, com dois filhos pequenos, o trabalhoso Marley, o Jornal, e afazeres, Jenny e John se desentendem por stress e sobre carga. Jenny sugere que John se “desfaça” de Marley. Mas com amor e educação, e a tremenda afinidade do casal, isso era solucionado. Sendo assim, o casal entra em um consenso, e resolve não ter mais filhos, e marcado por efeito cinematográfico e em efeito cômico, Jenny engravida de uma menina loirinha, e desta vez o último filho do casal.
Agora sim parece que as coisas estavam indo bem. A família estava bastante harmônica e o casal se adaptava aos filhos. Então John recebe uma proposta de trabalho que tanto esperava só que, em outra cidade. A família então se muda e John já em seu novo serviço demonstrava-se insatisfeito, seu chefe e todo o seu presente ambiente de trabalho lhe parecia tão sério e fechado, muito diferente do seu antigo trabalho na Flórida. Mesmo assim, a vida estava boa, mas não para Marley.
Marley já não era o mesmo. Toda a energia dantes estava aos poucos se perdendo em conseqüência da velhice. A família Grogan já percebera. Marley tem uma complicação no estômago e fica internado. O clima é bastante tenso. Marley não resistiria a uma cirurgia. A família sente a perda, Marley morre tranquilamente na mesa do consultório veterinário. No dia seguinte é levado para casa e enterrado no quintal da grande e linda casa, com uma singela cerimônia da família Grogan. Jenny, entrega a gargantilha que ganhou de presente de John - Marley havia ingerido esta dando o maior trabalho para a sua recuperação - Jenny, proferiu as palavras: “adeus cãozinho da liquidação”. Ao final, John, caminhando para dentro de sua casa, faz uma breve reflexão sobre tudo o que lhe aconteceu, Marley, seus filhos, sua esposa, sua vida.
Verdadeiramente uma lição de vida, de amor e dedicação, o filme é adaptado a partir do livro autobiográfico de John Grogan. É interessante expressar aqui a pouca evidência que é dada ao cão, pois diferente de outros filmes, o centro das atenções não é Marley, e sim o casal. O casal por sua vez é um modelo de perseverança e amor, pois em todos os momentos, mesmo os piores, eles mantiveram uma sintonia fantástica abrindo mão dos planos.
Há no filme uma riqueza de recursos que contribuiu para a boa qualidade, entre eles, o elenco, o roteiro, qualidade da trilha, entre outros aspectos, mas o mais interessante, a nível acadêmico para mim, é a lição jornalística deixada por John, pois no momento em que não havia inspiração para o trabalho ele escreveu. Escreveu sobre o que sentia, sobre o que lhe ocorria, e o fato é escrever, ser autêntico. Escrever sobre tudo o que tiver ao alcance e fora também, mesmo que não haja inspiração, escreva, registre, tudo é válido.