quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Resenha do filme: Marley e Eu



Aparentemente pacato e “normal”, Marley e Eu é um filme surpreendente. Filme este que proporciona uma reflexão sobre a família, a constituição desta, a rotina, os aspectos positivos e negativos, e também, é claro, uma análise sobre a importância dos animais de estimação que, de certa maneira, acabam fazendo parte da vida de seus donos, ou melhor, pais?.
O filme tem como atores principais Jennifer Aniston e Owen Wilson, respectivamente, Jenny e John Grogan. Jornalistas e recém casados, estes se mudam para o sul da Flórida a fim de estabelecer a vida a dois. O casal de jornalistas é bastante centrado em seus afazeres diários e aparentemente mantém uma vida saudável, com um relacionamento estável e um entrosamento interessante, mantido do início ao fim do filme.
Porém, John Grogan, sentindo sufocado pelos mimos de Jenny e em dúvida sobre a sua capacidade de ser pai, resolve, com ajuda do amigo e colega de trabalho Sebastian Tunney, comprar um cachorro para preencher o “vazio” que até então existia. Eis que aparece Marley, o cãozinho da liquidação, comprado por U$ 200 dólares como um presente para Jenny, na verdade Marley seria uma ferramenta de treino para o cargo “pais”. E o bacana é que Marley, da raça Labrador, é bastante esperto, dinâmico e carinhoso o que de cara conquista o casal. Porém, a rotina deles estava comprometida, muito comprometida.
A partir de então, momentos bons, ruins e muitas vezes péssimos, do ponto de vista do casal, eram constantes. Aceito como o primeiro filho do casal, Marley pinta o sete, comendo e quebrando tudo o que vê pela frente. O casal até que tenta “discipliná-lo”, porém sem sucesso, nem mesmo a escola de boas maneiras para cães conseguiu esta proeza. Por estas e outras ele recebe o título de “o pior cão do mundo”, e coloca a vida do casal em prova de fogo.
O filme não traz uma ênfase na temporalidade, e as coisas vão acontecendo de forma bastante ligadas e sem a expressão significativa ao tempo, em outras palavras, nada é muito esquemático.
O casal, após Marley já estar grande, no auge de seus 45 kg, tenta ter um filho, e a primeira tentativa é sem resultado, mas passando um tempo Jenny consegue engravidar, e o primeiro filho é um menino loirinho, chamado Patrick. Até então tudo corria muito bem, mas gradualmente as coisas começam a mudar e o casal já sentia as novas responsabilidades.
Por descuidos, vem o segundo filho, um mocinho de cabelos castanhos, seu nome, Connor. Devido a tal fato, o casal começa a organizar-se financeiramente, até mudam-se para uma casa mais espaçosa em um bairro mais seguro. John Grogan consegue boas promoções no serviço, graças ao seu bom rendimento como colunista em grande jornal. Comprometido com as artérias de Marley, John, aparentemente sem “inspiração” para escrever sobre o que lhe era indicado no Jornal, começa a escrever sobre coisas que lhe acontecia cotidianamente, e também sobre Marley, e o público leitor gosta muito em especial seu chefe.
A esta altura, com dois filhos pequenos, o trabalhoso Marley, o Jornal, e afazeres, Jenny e John se desentendem por stress e sobre carga. Jenny sugere que John se “desfaça” de Marley. Mas com amor e educação, e a tremenda afinidade do casal, isso era solucionado. Sendo assim, o casal entra em um consenso, e resolve não ter mais filhos, e marcado por efeito cinematográfico e em efeito cômico, Jenny engravida de uma menina loirinha, e desta vez o último filho do casal.
Agora sim parece que as coisas estavam indo bem. A família estava bastante harmônica e o casal se adaptava aos filhos. Então John recebe uma proposta de trabalho que tanto esperava só que, em outra cidade. A família então se muda e John já em seu novo serviço demonstrava-se insatisfeito, seu chefe e todo o seu presente ambiente de trabalho lhe parecia tão sério e fechado, muito diferente do seu antigo trabalho na Flórida. Mesmo assim, a vida estava boa, mas não para Marley.
Marley já não era o mesmo. Toda a energia dantes estava aos poucos se perdendo em conseqüência da velhice. A família Grogan já percebera. Marley tem uma complicação no estômago e fica internado. O clima é bastante tenso. Marley não resistiria a uma cirurgia. A família sente a perda, Marley morre tranquilamente na mesa do consultório veterinário. No dia seguinte é levado para casa e enterrado no quintal da grande e linda casa, com uma singela cerimônia da família Grogan. Jenny, entrega a gargantilha que ganhou de presente de John - Marley havia ingerido esta dando o maior trabalho para a sua recuperação - Jenny, proferiu as palavras: “adeus cãozinho da liquidação”. Ao final, John, caminhando para dentro de sua casa, faz uma breve reflexão sobre tudo o que lhe aconteceu, Marley, seus filhos, sua esposa, sua vida.
Verdadeiramente uma lição de vida, de amor e dedicação, o filme é adaptado a partir do livro autobiográfico de John Grogan. É interessante expressar aqui a pouca evidência que é dada ao cão, pois diferente de outros filmes, o centro das atenções não é Marley, e sim o casal. O casal por sua vez é um modelo de perseverança e amor, pois em todos os momentos, mesmo os piores, eles mantiveram uma sintonia fantástica abrindo mão dos planos.
Há no filme uma riqueza de recursos que contribuiu para a boa qualidade, entre eles, o elenco, o roteiro, qualidade da trilha, entre outros aspectos, mas o mais interessante, a nível acadêmico para mim, é a lição jornalística deixada por John, pois no momento em que não havia inspiração para o trabalho ele escreveu. Escreveu sobre o que sentia, sobre o que lhe ocorria, e o fato é escrever, ser autêntico. Escrever sobre tudo o que tiver ao alcance e fora também, mesmo que não haja inspiração, escreva, registre, tudo é válido.

18 comentários:

  1. isso foi um dos melhores textos q já li na web, com uma riqueza de detalhes expetacular.

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    1. mesmo foi um dos melhores texto que eu ja ou vi falar

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  2. Gosto muito de animais e de filmes de animais :) !!!!!!

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  3. Filme muito emocionante, nos leva a uma reflexão sobre o que são valores familiares e a importancia da união e do amor na família.
    Elaine Regina

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  4. essa resenha e muito legal porque ela conta com riquezas de detalhes a historia do filme e do casal que adotouseu cao de liquidaçao como eles mesmo dizem!
    paulo neto
    israel souza

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  5. pois em todos os momentos, mesmo os piores, eles mantiveram uma sintonia fantástica abrindo mão dos planos

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  6. Bom o filme Marley e Eu mostra um casal de jornalista resem casados,resolve com a ajuda do amigo e colega de trabalho Sebastian Tunney, comprar um cachorro para preencher o “vazio” que até então existia,e o bac*ana é que Marley, da raça Labrador, é bastante esperto, dinâmico e carinhoso o que de cara conquista o casal. Marley entao foi criado como primeiro filho do casal, Marley desde filhote sempre destroia tudo que via pela frente... E o casal tentava dissiplina-lo como os outros cães,más não conseguiam nem mesmo a escola para cães conseguiu disssiplinar marley.O casal, após Marley já estar grande, no auge de seus 45 kg, tenta ter um filho, e a primeira tentativa é sem resultado,pórem o casal tentam mais vezes.Então com o passar do tempo Jenny engravida de seu primeiro filho,logo depois veio o segundo filho ai eles descidirão não ter mais filho até quem veio a noticia que Jenny estava gravida novamente .o casal começa a organizar-se financeiramente, até mudam-se para uma casa mais espaçosa em um bairro mais seguro. John Grogan consegue boas promoções no serviço, graças ao seu bom rendimento como colunista em grande jornal.Mesmo assim, a vida estava boa, mas não para Marley.
    Marley já não era o mesmo. Toda a energia dantes estava aos poucos se perdendo em conseqüência da velhice. A família Grogan já percebera. Marley tem uma complicação no estômago e fica internado.logo depois veia se falecer todos ficaram muitos triste, com a ida de Marley...

    Daniela Furtado e Cleiton Douglas

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    1. Nossa muito obrigado me ajudou bastante para fazer meu trabalho escolar resumil aquele textao bastante :-)

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  7. I´m cry... mt linda a historia manu'-' areia vééi eu chorei mt no filme e pá cara...vc detalhou mt bem... vixii usei pra faz trabalho kkk fikei um dia inteiro pra copia o q vc escrveu rs, mt boooooomm :D

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  8. E muito legal estou assistindo na escola com meus colegas e a professora de portugues!!!

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  9. é muito legal o filme

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  10. otimoo so q o texto e mt grande so q adorei kkkk

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  11. Paulo - Crítica/"Marley & Eu": Roteiro sentimentalista fica no banal - 25/12/2008. Se a qualidade de um filme fosse medida pela quantidade de lágrimas vertidas pelos espectadores durante uma sessão, "Marley & Eu" certamente estaria entre os melhores do ano e quebraria todos os recordes

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  12. Marley e Eu realmente é um dos melhores filmes sobre animais já feitos e o enredo é emocionante.

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